sexta-feira, 6 de setembro de 2019
Resenha de K-12 de Melanie Martinez
K-12 foi mais do que eu
esperava.
E
foi tanto que eu senti a necessidade de escrever assim que acabou. Há mais de
três meses, Melanie Martinez já deixava claro que a “nova era” estava cada vez
mais próxima. O filme e álbum que a cantora estava produzindo há 3 anos já se
encontrava pronto e logo chegaria ao mercado da música.
Seu
primeiro álbum de estúdio, “Cry baby”, é, no mínimo, singular. Tendo como
personagem principal a própria crybaby, Melanie contou através da música os
primeiros anos de vida da personagem, incluindo suas relações familiares que
não eram as mais favoráveis.
Em
K-12, Crybaby retorna, mas agora em outra experiência: a passagem do jardim de
infância até o Ensino Médio. Como boa fã do Cry baby, eu me encontrava bem
ansiosa por esse novo trabalho, afinal, dessa vez o mundo se expandia das
músicas em uma plataforma para as telas de cinema.
À
medida que Melanie foi revelando teasers, pequenos trechos das canções,
confesso que fiquei desmotivada: as músicas não pareciam grande coisa e comecei
a achar que talvez o ciclo Cry baby estivesse se esticando demais. Tal foi o
meu engano que logo na primeira canção, eu já estava envolvida com o filme.
A
obra de mesmo nome do álbum trabalha perfeitamente em conjunto com as canções,
sendo a representação visual e muitas vezes literal das músicas, em perfeita
sincronia. Sem contar que os figurinos, os atores, o enredo da história e
principalmente a coreografia ajudam a dar continuidade à história, sem existir
qualquer momento que você sente que se cortasse aquela cena, não faria
diferença alguma.
Uma
vez, certo alguém definiu Melanie Martinez como “anticlimática”, pois, veja
bem: em momentos românticos, podemos tocar o novo álbum de Taylor Swift, “Lover”,
em momentos de agitação temos várias bandas de rock como Dead by April e
Skillet. Mas e Melanie Martinez? Em que momento podemos ouvir Melanie Martinez?
A
resposta, se é que há resposta certa, é em todos os momentos. A característica
principal da Melanie é autenticidade. Toda a história envolvida em suas músicas
com uma personagem que possui poderes sobrenaturais é empolgante e ao mesmo
tempo consegue falar de qualquer assunto de forma que ainda converse com a
narração. Pode-se citar em uma hora e meia de filme notas sobre auto aceitação,
distúrbios alimentares, amizade, identidade de gênero, entre muitas outras
questões.
Capa do álbum |
Além
de ser uma obra em conjunto, K-12 ,que foi escrito e dirigido pela própria
Melanie, ainda pode funcionar em separado, assim como o Cry baby, na minha
visão. Não se pode classificar o álbum inteiro em uma coisa só, mas há músicas
que funcionam muito bem dentro e fora do contexto do álbum. Sendo assim,
vale-se destacar:
Show & Tell: para
alguém que está atualmente fascinada pelo teatrismo de Lady Gaga em apresentações
passadas, Show & Tell é um prato cheio, visto que, em forma de marionete,
Melanie discorre sobre a relação da fama atual. E, mais uma vez, eu destaco: a
coreografia é impecável!
Drama Club: de
todos os teasers, o dessa canção foi o que mais me deixou empolgada e não
deixou a desejar no filme. Utilizando da metáfora de uma peça teatral, Melanie
não deixa de empolgar e arrisco dizer que essa música se sairia muito bem como
single.
Strawberry Shortcake: uma
ótima metáfora para falar da relação entre homens e mulheres, recorrendo a uma
metáfora já apresentada na canção Cake do primeiro álbum de Melanie.
High School Sweethearts: e
se você estava esperando alguma canção de amor em K-12, pode-se dizer que é
esta. A mais intimista em termos visuais, visto que só vemos Melanie nesta
parte do filme.
E
quando chega o final de K-12? Bom, foi uma experiência única e muito produtiva
e o final fica aberto para possíveis continuações, mesmo que se o ciclo fosse
encerrado naquele momento, seria bem feito. Então, o que será que crybaby, ou
melhor, Melanie Martinez ainda tem guardado para nós? Melanie, estamos prontos!
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